Apoio Familiar

A relação familiar é o sustentáculo e a base para uma boa estrutura emocional para o residente, tanto para a prevenção de uma crise, quanto para sua manutenção no tratamento e recuperação. Fato pelo qual torna-se essencial sua participação em todos os processos terapêuticos no qual o residente esta inserido durante o período do acolhimento, o que ira propiciar uma melhor aderência do residente ao tratamento e consequente a manutenção de sua abstinência. Portanto, sua participação nas visitas famíliares que ocorrem no segundo sábado de cada mês, das 11 horas as 16 horas, é um ponto determinante para que o residente conclua com êxito todas as fases do tratamento na comunidade terapêutica.

Como a família pode ajudar

  • Mantenha um diálogo amigo e franco com seu filho, assim ele terá confiança em você.
  • Ensine-lhe a ter responsabilidade com suas coisas. É importante que você dê o exemplo.
  • Ele não pode fazer tudo o que quer, é preciso ter limites.
  • Quando houver algum problema com seu filho, avalie bem a situação, e corrija seus erros.
  • Quando ele se envolver em alguma dificuldade ajude-o, e na medida do possível não resolva por ele.
  • Ele não precisa ter tudo o que ele quer, precisa aprender a lidar com a frustração para criar maturidade e aprender a valorizar seus ganhos.
  • É importante a valorização e a orientação espiritual. Através da religião.
  • Ele precisa ser advertido de seus erros e irresponsabilidades.
  • Procure não deixar que sua família se torne um "grupo de estranhos" que só estão próximos fisicamente.
  • Produza um convívio que forneça ao filho segurança e amor, que ele possa expressar suas idéias com liberdade, suas ações com realismo e provavelmente suas decisões serão sadias e ele não buscará as drogas.

Como a família pode prevenir o uso de drogas?

Antes de tudo os pais são um exemplo para seus filhos. O que os pais fazem é muito mais importante do que o que eles dizem. Assim, os filhos aprendem com os pais para que serve a droga quando estes chegam em casa e tomam algum remédio para se tranqüilizarem e para dormirem, ou ainda quando tomam uma dose de uísque para relaxar. Esta atitude ensina aos filhos que, ao menor sinal de sofrimento e tensão, basta um "remedinho", uma "cervejinha" ou um "cigarrinho" para aliviar qualquer mal estar.

Sem se darem conta, ensinam aos filhos que os problemas podem ser resolvidos com a ajuda de uma substância ou de uma pílula mágica. Portanto, uma relação saudável com as drogas é algo que crianças e jovens podem aprender a partir dos hábitos de seus pais. Além de serem um exemplo, os pais podem esclarecer a sua posição a respeito do uso de álcool e outras drogas. Algo que parece óbvio mas que deve ser sempre ressaltado, é a possibilidade de dizer aos filhos que gostariam que eles não usassem drogas pois as consideram um perigo para o bem estar deles. Cabe aos pais alertarem os jovens sobre os riscos relacionados ao uso de drogas. Os pais como qualquer adulto não são necessariamente perfeitos. Desse modo, os filhos podem aprender com os erros dos pais. Pais fumantes, por exemplo, podem falar sobre seu desejo de parar e a dificuldade que encontram para isso. Assim, esses pais não precisam saber tudo, e podem compartilhar com os filhos suas dúvidas e conflitos sobre o tema e refletirem juntos. Outra atitude produtiva é conversar sobre as inseguranças e os medos de suas própria adolescência. A possibilidade de relembrar como era a juventude dos pais pode demonstrar que compreendem o momento que o filho está vivendo, o que pode ajudá-lo a passar esta fase de maneira mais tranqüila. Além disso, é importante que os pais incentivem seus filhos a terem atividades prazerosas e interessantes. Estimular a criatividade deles para procurarem alternativas saudáveis em suas vidas na busca de prazer e satisfação. Os pais precisam ter o hábito de aproximarem-se de seu filho para elogiá-lo, valorizá-lo e reconhecerem seus méritos e sucessos. Tal atitude não exclui a importância dos limites, da repreensão ou mesmo da punição. O mais importante é que o jovem possa confiar em seus pais para auxiliá-lo nos momentos de crise. Ele precisa se sentir amado mesmo tendo imperfeições e dificuldades. Interessar-se pela sua vida, amigos, o que faz na escola, nas festas e nas horas vagas, também é uma atitude preventiva ao uso de drogas. Mas é preciso ter cuidado para que o interesse natural não se torne um interrogatório no qual o jovem sinta que precisa ser controlado e vigiado.